Esquizofrenia

A Esquizofrenia é uma doença mental crónica e incapacitante que 
provoca uma diminuição ou perda das funções psíquicas.

Psicologicamente, estes doentes apresentam uma redução da 
afectividade, da motivação, pobreza do discurso e discurso 
incoerente, isolamento social e distorção do funcionamento psíquico 
com alucinações e delírios e comportamento violento.

O doente de esquizofrenia apresenta um compromisso da cognição 
social, sendo este considerado o fator responsável pelo isolamento 
social do doente, e está presente desde o primeiro episódio 
psicótico. 

As alterações cognitivas mais marcadas nestes doentes são a ATENÇÃO,
apresentam uma dificuldade para processar vários estímulos ao mesmo 
tempo ou estímulos complexos; LINGUAGEM, perdem a 
capacidade de fluência verbal; MEMÓRIA  de trabalho, há 
uma diminuição da capacidade de recordação de palavras 
ou imagens num curto período de tempo para a realização 
de uma determinada tarefa; FUNÇÃO MOTORA, há 
um enlenteciemento motor mais marcado em tarefas 
executadas com os dois membros superiores; FUNÇÕES 
EXECUTIVAS, dificuldade para realizar associações 
corretas de conceitos ou discriminação de ideias 
irrelevantes.

Estes doentes sofrem de um excesso de distração devido à 
sua dificuldade em filtrar os estímulos externos.  A atenção fica 
sobrecarregada, aumentando a distração provocada pelo excesso de 
atenção prestada aos estímulos internos. 
O doente vai apresentar uma grande sensibilidade, porque ao estar 
muito recetivo aos estímulos externos, vai recebe-los com muito mais 
intensidade, provocando fenómenos de distorção na percepção dos 
mesmos. Estes fenómenos vão dar lugar a alterações do pensamento e da 
linguagem, delíriosalucinações e diminuição do afeto para com as 
pessoas que o rodeiam.

A esquizofrenia é uma doença complexa, não havendo uma causa única 
mas várias que concorrem juntamente para o aparecimento da 
mesma. Sabe-se que há uma grande probabilidade de uma pessoa ter 
esquizofrenia se houver um familiar afectado, contudo, mesmo que 
nenhum dos parentes esteja afectado, não significa que não possa 
haver um elemento da família com esquizofrenia. 

Relativamente à forma de tratamento destes doentes, o tratamento deve 
ser combinado com psicoterapia e terapia farmacológica. 
Sendo também essencial ter em conta o contexto familiar e social, 
pois considera-se importante atender não apenas ao controlo dos 
surtos e das crises, mas ter em consideração que a família também 
deve ser envolvida, visto que constitui uma ajuda no processo 
terapêutico.

REF: žAfonso, P. (2010). Esquizofrenia – Para além dos mitos, descobrir a doença. 
Cascais: Principia Editora. e Morais  G., & Rondina, R., (2005). Etiologia e 
desenvolvimento das psicoses esquizofrénicas: algumas reflexões, segundo a 
óptica psicanalítica. Revista Cientifica Electrónica de Psicologia, (4). 

Ansiedade

A Ansiedade pode ser caracterizada como “um sentimento vago e desagradável de medo, apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto, derivado de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho”. 

Este sentimento de Ansiedade é bom, uma vez que permite manter as pessoas em alerta, capacitando-as para responder aos estímulos do seu dia-a-dia. Quando esta Ansiedade se manifesta em demasia e interfere na qualidade de vida das pessoas estamos perante uma patologia. 
Os sintomas da ansiedade apresentam-se a partir de duas vertentes sendo elas a percepção das sensações fisiológicas (suores, palpitações, tremores, tonturas e taquicardia) e a percepção de nervosismo. Um outro sintoma característico da ansiedade encontra-se relacionado com as capacidades motoras e viscerais, uma vez que o pensamento, a percepção e o sujeito também são afectados. Esta Ansiedade origina alterações ao nível da percepção e dos significados, visto que diminuem a concentração, a capacidade de memorização e a capacidade de realizar um raciocínio lógico. Os sujeitos que se encontram num estado de ansiedade focam a sua atenção em aspectos ambientais e desvalorizam outros, de forma a encontrar razões que justifiquem esse estado de ansiedade. Se esse estado recebe uma justificação, o nível de ansiedade aumenta e vice-versa.
O Ataque de Pânico pode ser definido como um sentimento de medo, relacionado com sensações de tragédias próximas e tais sensações são acompanhadas de sentimentos de medo de perda de controlo, dificuldades respiratórias, palpitações, entre outros sintomas. 
Pode falar-se de três tipos de ataques de pânico, sendo aqueles que ocorrem numa situação e se manifestam imediatamente após a exposição a esta; os situacionalmente pré-estabelecidos que tendem a manifestar-se mediante certa situação e os inesperados, que se manifestam sem que ocorra uma situação específica que os desperta. 

A Agorafobia entende-se como uma ansiedade ou repulsão a situações embaraçosas, nas quais estas pessoas sentem que não vão ter apoio no caso da ocorrência deste episódio. No que concerne ao acontecimento desta, normalmente ocorre a seguir a um acontecimento traumático.