Estruturas cerebrais – Gânglios basais

Os gânglios basais compreendem um grupo de estruturas que regulam a iniciação de movimentos, equilíbrio, movimentos oculares e postura. Estas estruturas estão fortemente conectadas a outras áreas motoras no cérebro e ligadas ao tálamo através do córtex motor. Os gânglios basais estão também envolvidos nos comportamentos cognitivos e emocionais, e têm um importante papel na recompensa e reforço, nos comportamentos aditivos e na formação de hábitos.

Funções associadas:
*Regulação de movimentos
*Aprendizagem de novas capacidades
*Formação de hábitos
*Sistemas de recompensa
Estruturas constituintes:
*Núcleo caudado
*Globo pálido
*Núcleo accumbens
*Putamen
*Substância nigra
*Núcleo subtalamico
Associados a lesões podem causar:
*Tremores
*Movimentos musculares involuntários
*Aumento involuntário do tónus muscular
*Dificuldades na iniciação de movimentos
*Posturas anormais
Estudo de caso:
Um estudo de 2008 apresenta dados de que 5% dos adultos de meia idade, aparentemente saudáveis, apresentam micro lesões nos gânglios basais. Conhecidas clinicamente como enfartes cerebrais silenciosos, estas lesões apresentam uma prevalência global de aproximadamente 10% em adultos saudáveis.

Estruturas cerebrais – Amígdala

A amígdala é uma estrutura complexa adjacente ao hipocampo. 

Esta estrutura está envolvida no processamento das emoções e a aprendizagem-medo.
A amígdala liga áreas do córtex que processam “altos” níveis de informação cognitiva com os sistemas do hipotálamo e do tronco cerebral, controlando assim as respostas metabólicas mais “baixas” (toque, dor, sensibilidade e respiração). Isto permite à amígdala coordenar respostas fisiológicas baseadas na informação cognitiva.

Funções associadas:
*Processamento do medo
*Processamento de emoções
*Aprendizagem
*Resposta à “luta” ou a situações de perigo
*Processo de recompensa

Alterações cognitivas associadas:
Alguns estudos relacionam o autismo com disfunções na amígdala, ou seja, a “falta” de empatia típica do autismo está associada à amígdala.
A actividade neurológica da amígdala está também fortemente associada à depressão e à perturbação bipolar.
Associada a lesões pode causar:
*Agressão
*Irritabilidade
*Perda do controlo emocional
*Alterações nas memórias de curto prazo
*Défices no reconhecimento de emoções, principalmente o medo.
Estudo de caso:
Paciente neurológico X com uma extensa lesão na amígdala em cada hemisfério. Não apresenta défices motores, sensitivos ou cognitivos. Foi-lhe pedido para identificar algumas fotografias com diferentes expressões faciais. O paciente X, identificou todas as expressões apresentadas, mas não foi capaz de reconhecer a expressão de medo. Igualmente, quando lhe foi pedido que desenhasse expressões faciais, X representou cada uma das expressões faciais, mas não foi capaz de reproduzir a expressão que identificava o medo. Quando foi questionado sobre os seus desenhos, X explicou que não sabia como representar ou como deveria ser uma expressão que representa o medo.